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Vasectomia

O que é?

A vasectomia é um método cirúrgico de interrupção da fertilidade masculina, causada pela secção dos “ductos deferentes”, interrompendo assim a passagem dos espermatozóides para o líquido ejaculado.

As taxas de falha da vasectomia são menores que 1%. As chances de sucesso variam em acordo com o nível de experiência, habilidade do cirurgião e a técnica cirúrgica utilizada.
Os espermatozóides são produzidos nos testículos, armazenados e amadurecidos nos epidídimos (estruturas anexas aos testículos, onde são armazenados os espermatozóides) e conduzidos até a uretra (que é o canal por onde passa a urina e o sêmen) pelos ductos deferentes (tubos que ligam os epidídimos a uretra).
Se estes ductos deferentes que transportam os espermatozóides forem interrompidos pela realização da vasectomia, estes não chegarão à uretra e o conteúdo ejaculado não conterá as células reprodutoras masculinas.

Após a vasectomia a ejaculação continua aparentemente igual, o fluído ejaculado será desprovido de espermatozóides, mas continuará contendo as secreções das vesículas seminais, da próstata e da uretra, razão pela qual nem o homem nem sua parceira notarão qualquer diferença no fluído ejaculado.

A diferença só poderá ser notada através de exame de espermograma, onde se notará a ausência dos espermatozóides.Também não há mudanças em relação ao orgasmo, ao apetite sexual, nem causa qualquer alteração na função erétil do pênis.

Após a vasectomia, os espermatozóides continuarão sendo normalmente produzidos pelos testículos, mas não tendo mais como passar em virtude da secção dos ductos deferentes. Os espermatozóides acabam sendo absorvidos ou destruídos pelo organismo.

De acordo com a Lei no. 9263, de 12 de janeiro de 1996:

Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional – Mensagem nº 928, de 19.8.1997)

I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;

Procedimento:

Trata-se de uma cirurgia relativamente simples, realizada com anestesia local ou sedação anestésica(maior conforto ao paciente e equipe cirúrgica), através de duas pequenas incisões de aproximadamente 1 cm no escroto, onde é feita a secção e isolamento dos ductos deferentes, impedindo a passagem dos espermatozóides. A volta às atividades habituais dá-se de 1 a 2 dias. Para a volta da atividade sexual sem desconforto, em torno de 1 semana. Para relações sexuais seguras (sem risco de engravidar), somente após cerca de 20 ejaculações e realização de exame de espermograma no líquido ejaculado, onde seja comprovada a ausência de espermatozóides.